Dentro do universo das fintechs, é importante entender o que é uma Sociedade de Crédito Direto. Esse modelo de negócio está cada vez mais ganhando a preferência do mercado porque garante bons retornos, liberdade, segurança e menos burocracia para conceder créditos.
Quer saber mais detalhes sobre a SCD e como ela funciona? Então, continue a leitura deste artigo para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto.
O que é uma Sociedade de Crédito Direto?
É importante começar entendendo que as fintechs são empresas que trazem inovações para o mercado financeiro por meio da tecnologia. No Brasil, por exemplo, há várias categorias, como fintechs de pagamento, gestão financeira, investimentos, etc.
Há dois tipos de fintechs que podem ser autorizadas a funcionar: a Sociedade de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), que têm operações no Sistema de Informações de Créditos (SCR).
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O modelo da SCD é caracterizado pela realização de operações de crédito por meio de uma plataforma eletrônica, com recursos próprios. Portanto, esse modelo de fintech não pode fazer captação de recursos públicos.
Funciona como uma espécie de marketplace de operações de financiamento e empréstimos. A intermediação e o fornecimento de informações aos clientes é feito com base em critérios verificáveis, consistentes e transparentes, contemplando aspectos relevantes para a avaliação do risco de crédito.
Como funciona uma Sociedade de Crédito Direto?
Por meio de ambientes eletrônicos, a Sociedade de Crédito Direto é responsável por vários tipos de serviços financeiros.
Há uma preocupação com a seleção de clientes, por isso, é sempre feita uma avaliação do risco de crédito para analisar a situação econômico-financeira, o grau de endividamento, a capacidade de geração de caixa, entre outros aspectos.
Além da realização de operações de crédito, uma SCD também pode prestar serviços de:
- Análise de crédito para terceiros;
- Cobrança de crédito para terceiros;
- Distribuição de seguro relacionado com as operações por ela concedidas por meio de plataforma eletrônica;
- Emissão de moedas eletrônicas.
Quais são as vantagens de ter uma Sociedade de Crédito Direto?
Caso você esteja pensando em abrir uma SCD, confira algumas das principais vantagens desse modelo de negócio:
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Segurança
As operações não podem usar verbas públicas para conceder empréstimos ou financiamentos como normalmente é feito em bancos tradicionais.
Além disso, as fintechs de sociedade de crédito são regulamentadas pelo Banco Central (Bacen), garantindo segurança às transações e concessões de empréstimos e financiamentos.
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Agilidade
As Sociedades de Crédito Direto oferecem serviços financeiros diversos para empresas e pessoas físicas. Ao implantar esse modelo de negócio, os clientes têm acesso a vários serviços financeiros, o que garante bastante agilidade no dia a dia.
Além disso, esse tipo de sociedade costuma oferecer uma conta digital, além de operações como pagamentos com cartão de crédito, transferência por DOC, TED e Pix, boletos bancários etc.
Para completar, a SCD é sinônimo de muito menos burocracia, pois as linhas de crédito são concedidas com maior rapidez e facilidade. Tudo é feito pela internet e sem a necessidade de apresentar milhares de documentos.
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Independência
De acordo com a regulamentação do Bacen, as fintechs atuam com muito mais independência por meio de plataformas digitais. O Bacen não exige a necessidade de intermediação de bancos para a formalização de suas operações de crédito e demais transações.
Quais são as diferenças entre SCD e SEP?
A Sociedade de Empréstimos entre Pessoas (SEP) é uma instituição financeira que tem como principal objetivo realizar operações de financiamento e empréstimos entre pessoas por meio de plataforma eletrônica.
Trata-se de uma alternativa para quem precisa de empréstimos, mas não quer lidar com as taxas e burocracias de bancos tradicionais.
A fintech atua entre credor e devedor, realizando uma operação de intermediação financeira, pela qual podem cobrar tarifas. Diferentemente da Sociedade de Crédito Direto, a SEP pode fazer captação de recursos do público, contanto que eles estejam inteira e exclusivamente atrelados à operação de empréstimo.
Nesse caso, a fintech atua como intermediária dos contratos entre credores e tomadores de crédito. Os recursos, por sua vez, são de terceiros que apenas usam a infraestrutura oferecida pela SEP para conectar credor e tomador.
A grande diferença entre os dois modelos é que na SEP os empréstimos são realizados com capital de terceiros, ou seja, daqueles que pretendem emprestar e daqueles que querem pegar emprestado. Já na SCP todas as operações são feitas com capital da própria instituição.
Como conseguir a autorização de uma SCD?
Para atuar como uma SCD é necessário ter autorização do Banco Central do Brasil que, por sua vez, exige alguns informações sobre os donos do negócio, por exemplo:
- Verificação da origem de recursos usados para a realização das operações;
- Verificação da compatibilidade entre a capacidade econômico-financeira com o porte, natureza e objetivo do negócio.
Atualmente, no Brasil, as fintechs devem estar regulamentadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), além do Bacen, de acordo com as Resoluções 4.656 e 4.657.
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A Cora, por exemplo, atua desde 2020 com autorização do Bacen como Sociedade de Crédito Direto, o que garante total segurança aos nossos clientes para a realização de qualquer tipo de operação financeira.
Prontinho! O nome parece complexo, mas com todas essas informações agora você já sabe o que é uma Sociedade de Crédito Direto e como funciona este modelo de negócio.