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Como o Open Banking está revolucionando o setor financeiro

11 de junho de 2021
open banking

Você sabia que o Open Banking não é exclusividade do Brasil?

O Reino Unido, o México, a Austrália e a Nova Zelândia, por exemplo, são países que já implementarão esse sistema, cada um com sua profundidade e abrangência. Além do mais, existem muitos outros países que também já estudam sobre o assunto. Neste conteúdo você confere como está o andamento do Open Banking no mundo

Segundo o Banco Central, este é um projeto extremamente importante para a competitividade do setor bancário brasileiro e é ainda mais abrangente que o Open Banking no exterior. No Brasil, o processo de implementação iniciou em 30 de novembro de 2020 e o processo de implementação ainda não tem um fim previsto. 

Uma coisa é certa: o Open Banking veio para mudar a forma como o mercado financeiro funciona, impactando diretamente bancos, fintechs e outros negócios relacionados. Mas você sabe o porquê? A seguir, entenda o que é e quais as vantagens para o consumidor e os agentes financeiros.

O que é Open Banking ?

Traduzindo literalmente, open banking significa “banco aberto”. O Sistema Financeiro Aberto, pode ser definido como uma solução que permite o compartilhamento de dados e serviços de clientes entre instituições financeiras, de forma padronizada, por meio da integração de seus sistemas.

O Open Banking tem um único princípio fundamental: o consentimento do usuário no compartilhamento de seus dados. Portanto, as instituições deverão, obrigatoriamente, compartilhar informações de um cliente (seja pessoa física ou jurídica), se ele solicitar e autorizar a transmissão dos dados para outra instituição.

E por que seria interessante para você compartilhar seus dados financeiros com outra instituição?

Imagine só todo o histórico de crédito construído ao longo de décadas com um banco – as contas pagas em dia, os salários depositados, as prestações, empréstimos, perfil de gastos…

Com o Open Banking, você consegue pegar todas essas informações e levá-las para onde quiser, sem ter que começar um relacionamento do zero com uma nova instituição. Ou seja, você passa a ser dono dos seus dados

Por exemplo, se você precisar pedir um empréstimo em uma instituição, você poderá usar seu histórico já existente em outros lugares para conseguir melhores taxas ou limites. Dessa forma, com o Open Banking será possível oferecer serviços financeiros mais personalizados, como um limite de crédito ou um pacote de investimentos adequado a cada perfil. 

O foco aqui é que o cliente é o único titular dos seus dados pessoais, e não os bancos, e isso oferece um maior poder de decisão aos usuários. Então, desde que haja autorização, o sistema permitirá o compartilhamento seguro de dados dos clientes, entre outras instituições financeiras regulamentadas e que estejam participando da iniciativa.

Quais instituições irão participar do Open Banking?

Somente as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem participar do ecossistema do Open Banking. A regulamentação prevê participantes obrigatórios e voluntários, a depender do porte da instituição e do dado ou serviço que está sendo compartilhado. 

A lista completa das instituições participantes já está disponível no portal desenvolvido pela Estrutura de Governança do Open Banking Brasil. As instituições financeiras classificadas como S1 (instituições que possuem porte igual ou superior a 10% do PIB ou que tenham atividade internacional relevante) e S2 (instituições de porte entre 1% e 10% do PIB) serão obrigadas a participar do Open Banking e as demais têm adesão voluntária. 

É claro que a Cora não poderia ficar de fora, né?

Outra característica importante do Open Banking é a reciprocidade. Ou seja, todas as empresas que aderirem terão o direito de receber dados de seus concorrentes, mas também serão obrigadas a compartilhar os dados de suas respectivas bases – quando os clientes consentirem.

No entanto, é preciso reforçar que o compartilhamento ocorre apenas se a pessoa autorizar, sempre para finalidades determinadas e por um prazo específico. Ademais, segundo o Banco Central, será possível para o cliente cancelar essa autorização a qualquer momento em qualquer das instituições envolvidas no compartilhamento.

Quais são as etapas de implementação do Open Banking?

O cronograma das etapas iniciais foi divulgado pelo Banco Central no dia 4 de maio de 2020. O documento foi dividido em quatro fases, iniciando em 1º de fevereiro de 2021 e terminando em 15 de dezembro de 2021.

É interessante notar que à medida que as fases avançam, avança também o nível de abertura do ecossistema:

Fases Como funciona? Você poderá compartilhar… Benefícios

1ª fase

(01/02/2021)

Apelidada como Open Data (dados abertos), essa fase permitiu o compartilhamento padronizado de dados das instituições financeiras com participação obrigatória. Os dados compartilhados foram: canais de atendimento, localização de agências, caixas eletrônicos e produtos e serviços oferecidos por cada uma. Nessa fase, os dados compartilhados foram das próprias instituições financeiras e não envolveram dados dos clientes. A partir dessa fase, outras instituições podem fazer uso dessas informações para comparar a oferta de produtos e serviços entre as instituições, além de poder comparar taxas e preços efetivamente praticados.

2ª fase

(15/07/2021)

A partir dessa fase, os clientes, se quiserem, poderão solicitar o compartilhamento entre instituições participantes de seus dados cadastrais e de informações sobre transações em suas contas, cartão de crédito e produtos de crédito contratados.  – Dados cadastrais

– Informações sobre transações de conta corrente, de poupança, de pagamento pré-pagas, de cartão de crédito e de operações de crédito

Será possível aos clientes receber ofertas de produtos e serviços mais adequados ao seu perfil, a custos mais acessíveis e de forma mais ágil e segura. O ecossistema financeiro como um todo também ganha com mais inovação, maior competitividade e com a racionalização de processos.

3ª fase

(20/09/2021)

Nessa fase, surge a possibilidade de compartilhamento dos serviços de iniciação de transações de pagamento, que permitirá que um pagamento tenha início fora do ambiente do banco – por meio de um aplicativo de mensagens, por exemplo.  – Iniciação de transações de pagamento

 

Isso abre caminho para o surgimento de novas soluções e ambientes para a realização de pagamentos.

4ª fase

(15/12/2021)

Dados sobre outros serviços financeiros (como: operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência privada) passam a fazer parte do escopo. – Informações sobre outros produtos, serviços e transações, como operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar aberta e contas-salário Amplia-se ainda mais a possibilidade de surgimento de novas soluções para a oferta e a contração de produtos e serviços financeiros, mais integrados, personalizados e acessíveis, sempre com o consumidor no centro das decisões.

E acaba na fase 4? Não. A boa notícia é que o Open Banking é uma iniciativa que deve se manter em constante evolução e a inclusão de novos produtos e serviços ocorrerá gradativamente, portanto, novas fases virão. 

Estão previstas para 2022 a liberação gradual de novas funcionalidades:

  • 15 de fevereiro de 2022: Compartilhamento de serviços e transferências entre contas do mesmo banco e TED.
  • 30 de março de 2022: Compartilhamento do envio de propostas de operações de crédito a clientes que aderirem ao open banking.
  • 31 de maio de 2022: Compartilhamento de dados de clientes sobre demais operações financeiras, como câmbio, investimentos, previdência e seguros.
  • 30 de junho de 2022: Compartilhamento de serviços de pagamento por boleto.
  • 30 de setembro de 2022: Compartilhamento de serviços de débito em conta.

Leia mais | Etapas do Open Banking: o que acontece em cada uma delas?

 O Open Banking é seguro?

Vale mencionar que todo e qualquer compartilhamento de dados dentro do Open Banking respeita a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). 

Além disso, para o Open Banking funcionar não significa que toda a tecnologia, de todas as instituições, precisa ser a mesma – e muito menos que as informações ficam soltas no sistema. Tudo isso pode ser feito em um ambiente seguro – como já acontece hoje com todas as operações online.

Na verdade, apenas uma camada dessa tecnologia precisa ser capaz de entender e conversar com todas as plataformas do sistema se o cliente quiser levar seu histórico para outra instituição ou compartilhá-los com algum serviço – como um aplicativo de controle de gastos ou em sites de compras, por exemplo.

Cada banco, empresa, fintech ou operadora continua tendo autonomia para desenvolver os produtos que quiser, com a tecnologia que escolher e adotando todos os procedimentos de segurança. 

A diferença é que, agora, existirá uma forma padronizada de conversar. A partir dela, uma série de produtos e serviços podem surgir para competir com os atuais bancos e fintechs ou para complementar o que eles oferecem. Nenhum deles, no entanto, tem acesso aos dados sem que o cliente escolha compartilhar suas informações.

Essa tecnologia – ou forma de conversar entre diferentes instituições financeiras – será feita por meio de APIs.

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O que é API no Open Banking?

API (Application Programming Interface, ou Interface de Programação de Aplicativos) é a base tecnológica por trás do Open Banking. De forma resumida, as API ‘s representam um conjunto de padrões de programação que, a partir do momento em que é aberto, permite a integração, acesso e conversação entre duas ou mais plataformas. 

Assim, as APIs permitem que desenvolvedores de outras empresas de tecnologia criem outras aplicações e serviços que possam funcionar em conjunto com os dados dos bancos. Ou seja, é uma maneira de fazer com que empresas e desenvolvedores integrem seus respectivos sistemas, compartilhem dados e realizem transações de forma automatizada e segura.

O Google Maps, por exemplo, é utilizado dentro de vários sites. O que é possível graças a API que permite a utilização do serviço em diferentes endereços da internet. Uma maneira das empresas integrarem sistemas e compartilharem dados, de forma segura, sem que o usuário veja como funciona essa interface internamente. 

Vários sites também usam as APIs abertas de redes sociais para criar formas mais rápidas de cadastro. Repare na quantidade de páginas que dão a opção fazer login usando o perfil de uma rede social. De forma similar, o Open Banking propõe que todo o mercado financeiro tenha APIs abertas.

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5 benefícios do Open Banking

A adoção do Open Banking virá com benefícios não só para aos clientes, mas também para as instituições financeiras:

1.Mais liberdade e autonomia para os clientes

Hoje, a burocracia interna das instituições é uma barreira enorme na hora de tentar mudar de banco. Além disso, quanto maior o tempo de relacionamento com uma instituição, mais informações ela tem a respeito do cliente. Ao migrar, pelo menos parte dessas informações se perde. Com o Open Banking, o cliente não fica preso a esse sistema.

Os usuários terão autonomia para usufruir de diversos produtos e serviços financeiros, de diversas instituições. O sistema Open Banking também torna viável a integração dos sistemas dos bancos com fintechs e a automatização de uma série de transações.

2. Redução de custos e taxas

Através do Open Banking e com a utilização de APIs, haverá uma redução no número de intermediários para executar diversos processos, o que resultará em uma redução de custos para os bancos e instituições, além da possibilidade de tornar os processos mais rápidos.

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3. Mais competição =  melhores serviços

O Open Banking reduz a barreira de entrada para novos serviços e produtos, criando um ambiente mais competitivo e com mais opções para o consumidor. Desta forma, os clientes terão acesso a opções mais atrativas e menos abusivas no mercado, como já é possível através de algumas fintechs.

Além disso, o desenvolvimento de APIs estará delegado a terceiros, que possuirão mais liberdade para desenvolver sistemas e aplicações mais eficientes para os usuários.

4. Mais eficiência operacional

Uma maior eficiência operacional também é possível graças ao Open Banking. Integrações entre bancos digitais e ERP’s, por exemplo, facilitam a rotina de gestão financeira da empresa. O mesmo ocorre com a integração entre o agente financeiro e a contabilidade online, que facilita toda a troca de informações contábeis de forma automatizada.

5. Melhor Experiência para o Usuário

O Open Banking vem trazendo consigo demandas por serviços diversificados e sem burocracias, como as plataformas de streaming, Netflix e Spotify. No setor financeiro, o Open Banking pode oferecer uma experiência semelhante.

Os produtos das instituições financeiras poderão ser ofertados em diversas plataformas, e estas poderão, por exemplo, ser especializadas em um único tipo de produto, como seguros ou empréstimos – um benefício ao usuário que terá muito mais opções de escolha.

E então, o que achou da novidade? O Open Banking já chegou aqui na Cora. Temos parcerias com sistemas de ERP e Contabilidade online para garantir mais segurança e praticidade na rotina financeira de nossos clientes. Alguns de nossos parceiros são: Agilize, Facilite, Conube, Account Bank, Qipu, ContabNET, ConnectPlug, Ativy, Bluuu e Appelsof.

 

Este conteúdo faz parte de um dos grandes compromissos da Cora: alertar sobre situações que colocam a segurança do seu dinheiro em risco. Quer saber mais sobre o assunto? Confira outras publicações aqui. 

Por Vanessa Ferreira
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