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O que é DRE: entenda a importância desse relatório para a sua empresa

25 de novembro de 2021
O que é DRE

Como pessoa empreendedora, você com certeza já deve ter se perguntado “mas o que é DRE?”. Esse demonstrativo contábil precisa ser feito anualmente por todas as empresas, com exceção do Microempreendedor Individual (MEI), e serve como uma Demonstração do Resultado do Exercício, como o nome sugere. 

A DRE deve ser assinada por um contador registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC), mas pode ser trabalhada pela equipe de vendas, relacionamento e até pelo marketing. A ideia é aproveitar os dados colhidos, para saber o momento certo para a tomada das principais decisões.

Ao compreender o que é o relatório e todos os benefícios associados a ele, é possível perceber que ele vai além de uma obrigação contábil. Pensando nisso, preparamos este texto para esclarecer o que é DRE, para que ele serve e ainda mostrar como montar o seu registro de controle.

 

O que é DRE?

A DRE, como já citamos no início, é um relatório contábil que precisa ser feito periodicamente por um contador habilitado no Conselho Regional de Contabilidade.

Esse documento normalmente é apresentado uma vez por ano e confeccionado junto com o Balanço Patrimonial. Nele, são apresentados os dados financeiros da empresa, fazendo um comparativo entre as receitas, os custos e as despesas. Assim, o contador consegue analisar mais assertivamente o lucro e o prejuízo dentro do período analisado.

Nesse sentido, a DRE se tornou tão essencial porque permite que a pessoa empreendedora entenda se a sua empresa está lucrando ou tendo prejuízo com suas atividades. A partir daí, é possível traçar um novo planejamento financeiro e reestruturar o plano estratégico do negócio.

 

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Qual a importância da DRE?

O propósito da DRE é fazer a administração de uma empresa entender se ela está ou não se sustentando financeiramente. Dessa forma, é um instrumento fundamental para a tomada de decisões.

No entanto, o relatório também pode ser usado na gestão financeira diária. Ao utilizar o relatório também para gerenciar o negócio, você consegue fazer outras avaliações essenciais que também podem impactar positivamente na receita da empresa.

Além disso, elaborar a DRE serve como uma “prestação de contas” da sua empresa com o governo. A partir do relatório, a Receita Federal pode verificar se todos os impostos declarados foram calculados sem erro. Também é feito um comparativo entre o lucro declarado na DRE com o lucro declarado pelo empreendedor no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Por isso, é importante ficar de olho nas declarações que você faz para você e para a empresa.

Outros agentes externos também podem solicitar a consulta da sua DRE. Um bom exemplo são os bancos e financeiras, que podem requerer o documento na hora de aprovar um crédito para a empresa. Em casos de proposta para eventuais investidores, esse documento também atestará a solidez da empresa, garantindo mais segurança para que o investimento seja feito.

Por fim, apesar de não ser um uso muito comum, o relatório contábil ainda pode ser importante para o seu marketing e para o planejamento de vendas. A partir da análise dos números, os dois times conseguem intensificar o planejamento para que as ações de publicidade sejam ainda mais bem direcionadas. 

 

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Como a DRE é estruturada?

Apesar de a DRE ser feita apenas por um contador habilitado no CRC, você pode entender como o documento é elaborado, podendo avaliar ainda melhor o relatório depois de pronto.

 

Período de apuração

Legalmente a DRE é confeccionada uma vez por ano, com todos os dados financeiros da empresa de janeiro a dezembro. No entanto, há empresas que realizam a avaliação contábil uma vez por trimestre ou até mesmo, mensalmente.

Nesses casos, é importante lembrar que o relatório gerado em períodos menores não tem valor legal para a receita..

 

Receitas consideradas

As receitas consideradas na confecção da DRE compreendem todas as entradas financeiras que aconteceram no caixa no período avaliado. Normalmente, essas receitas têm origens como:

  • vendas de produtos ou serviços;
  • recebimentos de juros, oriundos de atrasos de pagamentos ou outras transações;
  • rendimentos de investimentos financeiros;
  • direitos de propriedade sobre itens (direitos autorais, de imagens, etc.).

 

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Deduções e abatimentos registrados

Existem algumas deduções que podem ser registradas na DRE. Elas funcionam como uma espécie de desconto, calculado sobre a receita gerada no período de apuração.

Geralmente, essas deduções têm origem em impostos sobre os preços de venda, como é o caso do ICMS (para produtos) e do ISS (para serviços).

Descontos oferecidos para clientes também entram na contabilidade da DRE, assim como as devoluções das vendas e outras transações similares.

 

Receita Líquida

Aqui é registrado o resultado da subtração entre todas as receitas e as deduções no período de apuração da DRE.

 

Custo de venda

O custo de vendas envolve todos os gastos que a empresa tem para que uma venda seja gerada. Esses gastos incluem a compra de matéria-prima para a fabricação de uma peça, a aquisição de produtos prontos, frete pago ao fornecedor, entre outros.

Os gastos são classificados em três categorias:

  • custo dos produtos vendidos (CPV);
  • custo das mercadorias vendidas (CMV);
  • custo dos serviços prestados (CSP).

 

A partir da subtração entre a receita líquida e o custo de vendas, é possível chegar ao lucro bruto, que também precisa constar na DRE.

 

Despesas da empresa

Normalmente são três tipos de custos registrados na DRE:

  • despesas administrativas: são as despesas fixas que a sua empresa tem como energia, água, internet, aluguel do espaço, etc.;
  • despesas com as vendas: são as despesas geradas após cada venda, como pagamento de comissão;
  • despesas financeiras: são os pagamentos de juros e multas ou variações cambiais, caso o seu negócio faça importações. 

 

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Dedução do IRPJ e da CSLL

Com o resultado do lucro bruto, reduz-se as despesas e, somente após esse processo, é que as deduções referentes ao Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) são feitas.

O resultado líquido, obtido após essas deduções, é o demonstrativo da atual situação financeira da sua empresa.

 

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DRE na prática

Com o entendimento de todos os cálculos acima, chegamos a uma estrutura, que ajudará você a entender melhor a construção da DRE:

 

(+)Receita com vendas;

(-) Deduções e abatimentos (sobre a Receita com vendas);

(=) Receita Líquida (Receita com as vendas – Deduções e abatimentos);

(-) Custos de vendas — CPV, CMV, CSP;

(=) Lucro Bruto (Receita Líquida – Custos de vendas);

(-) Despesas administrativas;

(-) Despesas com as vendas;

(-) Despesas financeiras;

(=) Resultado Antes do IRPJ e da CSLL (Lucro Bruto – Despesas);

(-) Abatimentos do IRPJ e da CSLL;

(=) Resultado Líquido (Resultado Antes do IRPJ e da CSLL – Abatimentos do IRPJ e CSLL).

 

Falar de contabilidade pode parecer complexo, mas esperamos que este texto tenha ajudado você a entender o que é DRE e como aplicar na sua empresa. Não deixe de assinar a nossa newsletter para receber mais conteúdos sobre tudo o que acontece no universo empreendedor.  

Por Equipe Cora
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