Muito tem se falado sobre Real Digital e Pix, mas você sabe realmente quais são as diferenças entre eles?
O Pix foi lançado em 2020 e, desde então, transformou o sistema financeiro brasileiro. Agora é a vez do Real Digital, que também promete grandes mudanças e facilidades no dia a dia das pessoas.
Por aqui, você encontra as principais informações sobre o assunto, confira!
O que é o Real Digital e como irá funcionar?
O Real Digital é a versão virtual da moeda brasileira que tem como objetivo melhorar a eficiência do mercado de pagamentos. Será um sistema com duas moedas:
- De atacado (chamada Real Digital): utilizada para pagamentos entre o Banco Central (BC) e as instituições financeiras autorizadas;
- De varejo (chamada Real Tokenizado): emitida pelo mercado e chegará ao consumidor final, permitindo transações entre pessoas de forma direta.
O Real Digital é uma inovação vista por muitos especialistas como a “terceira peça” da modernização do sistema financeiro brasileiro, que teve seu início com o Pix e, em seguida, com o Open Finance.
A expectativa é que a novidade seja liberada até 2024 para pagamentos, transferências e investimentos.
O projeto piloto será lançado ainda em 2023, mas não estará disponível para toda a população.
O Real Digital não poderá ser convertido em dinheiro físico e, para utilizar a moeda digital, será necessário receber códigos gerados pelo Banco Central.
Também é importante deixar claro que o Real Digital não é uma criptomoeda. Enquanto as criptos são descentralizadas, privadas e reguladas por uma rede de usuários, o Real Digital será produzido e regulado pelo BC, seguindo as regras vigentes na política monetária brasileira.
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O que é CBDC?
O Real Digital será uma CBDC (Central Bank Digital Currency), ou seja, uma moeda digital emitida por Bancos Centrais.
Atualmente, boa parte das transações financeiras no Brasil já ocorrem digitalmente. A diferença é que para vários bancos centrais o dinheiro é emitido em notas ou moedas, ou seja, em espécie. A ideia é que com a CBDC haja circulação também de moedas virtuais.
Real Digital e Pix: quais são as diferenças?
Tanto o Real Digital quanto o Pix, cada um com as suas características e benefícios, são inovações que têm um impacto enorme no sistema financeiro brasileiro, facilitando o dia a dia de pessoas e empresas.
O Pix, que gerou uma grande revolução no mercado financeiro brasileiro, é um sistema de transações instantâneas e gratuitas criado pelo Banco Central do Brasil.
O Real Digital, por sua vez, será uma moeda digital que visa facilitar as operações virtuais, como transferências e pagamentos.
Enquanto o Pix realiza transações instantâneas, o Real Digital permitirá transações programáveis e mais inteligentes. Na verdade, as diferenças entre Real Digital e Pix são sutis, ficando mais claras somente na ideia da programabilidade.
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O objetivo é que a CBDC seja um “pix mais inteligente”, em que será possível vincular uma transferência de dinheiro a certas condições, como recebimento de um produto, por exemplo.
Além disso, deverá ser viável oferecer descontos e demais vantagens desbloqueadas diante de uma antecipação de pagamentos.
Lembrando que, entre o Pix e o Real Digital, está o Open Finance. A inteligência de pagamentos exige dados e, estando tudo padronizado e aberto, o processo se torna muito mais fácil.
O dinheiro físico deixará de existir?
Com o Real Digital, é provável que a circulação do dinheiro físico diminua, mas não deve sumir totalmente.
O Pix já foi uma revolução no sistema financeiro, que fez com que o dinheiro físico perdesse um pouco mais de força – segundo o BC, de janeiro a outubro de 2021, menos de 1 ano após o lançamento do Pix, R$ 40 bilhões em espécie deixaram de circular no Brasil.
Mas tudo isso não significa que as cédulas irão desaparecer do mapa. Trata-se de uma tendência que vem sendo desenhada ao longo dos anos, mas que ainda tem um caminho a percorrer.
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O que é o projeto piloto BC e qual é o seu cronograma?
O projeto piloto tem como objetivo o desenvolvimento da infraestrutura para a criação do Real Digital, que tem sido chamado de “Pix dos serviços financeiros”.
As transações serão simuladas com a participação do BC e de agentes do mercado para que sejam realizados os testes antes da implementação oficial.
O cronograma deve seguir os seguintes passos:
- Abril de 2023: workshop realizado pelo BC com participantes do mercado com foco na discussão de diretrizes do projeto piloto;
- Maio de 2023: o BC irá selecionar algumas instituições financeiras para a participação ativa do projeto piloto;
- Dezembro de 2023: o Real Digital e o Real Tokenizado já devem estar bem desenvolvidos nessa época;
- Fevereiro de 2024: início de testes de compra a venda de ativos do Tesouro Nacional com o Real Digital;
- Março de 2024: começo da avaliação final do projeto piloto para entender pontos de melhoria e o que deu certo;
- Final de 2024: lançamento à toda população.
Gostou das novidades? Agora é esperar por mais notícias do Real Digital, que deve revolucionar o sistema financeiro brasileiro nos próximos anos. Até a próxima!
